Conforme expõe o empresário especialista em educação, Sergio Bento de Araujo, a transformação digital deixou de ser tendência para se tornar necessidade em todos os setores da sociedade, e a educação é um dos campos mais impactados por essa mudança. Em meio a novos desafios sociais e tecnológicos, surge o conceito de governança digital na educação, uma forma moderna e transparente de gerir políticas, recursos e informações públicas voltadas ao ensino.
A tecnologia deve servir à cidadania, e não o contrário, por isso a digitalização das redes de ensino só faz sentido quando amplia o acesso, melhorar a gestão e fortalece o papel da escola como espaço de inclusão e aprendizado significativo.
Neste artigo demonstramos a relevância da tecnologia, mas a importância de manter a ética e a educação atrelados a ela.
O que é governança digital na educação?
Governança digital é o conjunto de práticas que garantem transparência, participação social e eficiência na gestão pública, apoiando-se em tecnologias da informação e da comunicação. No contexto educacional, ela envolve desde o uso de plataformas digitais para acompanhamento escolar até a integração de sistemas de matrícula, transporte, alimentação e desempenho dos alunos.
Essa estrutura transforma dados em ferramentas de decisão. Em vez de depender apenas de relatórios impressos e processos lentos, as secretarias e escolas passam a analisar informações em tempo real, ajustando estratégias e otimizando recursos.
Mas a governança digital vai além da tecnologia, é uma mudança cultural. Ela exige capacitação de gestores, engajamento de professores e diálogo com a comunidade, a informação digitalizada precisa estar acessível, confiável e, principalmente, voltada ao benefício coletivo.
Sergio Bento de Araujo destaca que a boa governança é aquela que aproxima o cidadão das decisões e devolve à educação o sentido de pertencimento.
Transparência e eficiência: pilares de uma gestão moderna
Um dos maiores avanços trazidos pela governança digital é a transparência, pois com dados abertos e sistemas integrados, a sociedade pode acompanhar o uso dos recursos, o desempenho das escolas e a aplicação das políticas públicas. Isso fortalece a confiança na gestão e cria um ciclo virtuoso entre governo, escola e comunidade.
Plataformas digitais também tornam os processos mais eficientes. A matrícula online, por exemplo, reduz filas e burocracias; os diários eletrônicos facilitam a comunicação entre escola e família, e os relatórios automatizados permitem um acompanhamento pedagógico mais próximo.
Essa integração tecnológica diminui a distância entre o planejamento e a execução, garantindo respostas mais rápidas e baseadas em evidências. De acordo com Sergio Bento de Araujo, a eficiência é resultado direto da organização, visto que quando os dados são tratados com seriedade, a escola se torna mais justa e o ensino mais eficaz.
Inovação como política pública
A governança digital também abre espaço para a inovação pedagógica, já que ao centralizar informações e reduzir tarefas administrativas, ela libera tempo e energia para o que realmente importa: o aprendizado. Professores podem acessar diagnósticos individuais, identificar lacunas e propor estratégias personalizadas de ensino.
Além disso, a integração tecnológica fortalece a gestão intersetorial, conectando educação, saúde, assistência social e cultura. Esse modelo de governo digital é essencial para o enfrentamento de desigualdades e para o planejamento de políticas inclusivas, elucida Sergio Bento de Araujo.
No Maranhão, por exemplo, iniciativas que uniram conectividade, capacitação docente e dados públicos transformaram a experiência educacional em várias regiões. Esses avanços demonstram que a inovação digital pode e deve ser política pública, quando guiada por propósito social e visão de futuro.
Cidadania digital: formar para participar
Se a governança digital moderniza a gestão, ela também cria novas responsabilidades para a escola. É preciso formar cidadãos capazes de entender, usar e questionar o mundo digital. A cidadania digital é o novo alicerce da educação contemporânea, ela inclui direitos, deveres e ética no uso da tecnologia.
O aluno precisa aprender a lidar com dados, respeitar a privacidade alheia e reconhecer a importância da informação pública. Essas competências desenvolvem o senso de pertencimento e fortalecem a democracia. Sergio Bento de Araujo frisa que ensinar cidadania digital é preparar o estudante para exercer o poder mais importante do século XXI: o poder da informação consciente.
Ao compreender a lógica das plataformas, o funcionamento das redes e o valor da transparência, o estudante se torna protagonista e fiscal da própria sociedade digital.
Educação conectada e humana
A digitalização da gestão não significa afastamento humano, ao contrário, ela pode aproximar as pessoas. Ferramentas de comunicação, plataformas colaborativas e ambientes virtuais de aprendizagem favorecem o diálogo entre gestores, professores e famílias. A escola conectada é aquela que usa a tecnologia para humanizar o contato, não para substituí-lo.
O futuro da educação pública depende da capacidade de equilibrar eficiência tecnológica e sensibilidade social. A governança digital é o meio, mas o objetivo continua sendo o mesmo: garantir o direito de aprender, com qualidade e equidade.
Sergio Bento de Araujo resume bem essa visão destacando que a tecnologia é uma ponte, ela só cumpre seu papel quando liga pessoas, ideias e oportunidades.
Conclusão
A governança digital na educação representa uma das mais importantes revoluções administrativas do século XXI. Ela combina inovação, transparência e responsabilidade, colocando a tecnologia a serviço da gestão e da cidadania.
Como considera o empresário especialista em educação Sergio Bento de Araujo, esse modelo não se limita a sistemas e plataformas, ele simboliza um novo pacto entre Estado e sociedade, baseado em confiança, eficiência e propósito coletivo. O caminho da educação moderna é digital, mas também é humano. E quando esses dois universos se encontram, nasce um ensino público capaz de inspirar, incluir e transformar o futuro de todos.
Autor: Friedrich Nill