Nasa consegue reparar tecnologia de navegação da Voyager, a mais distante da Terra, no espaço desde 1977

A Voyager 1 foi lançada pela Nasa ao espaço em 1977 com a missão de explorar Júpiter e Saturno. É hoje a nave espacial mais distante a Terra, o que torna seus dados mais valiosos. Mas, recentemente, passou a apresentar um “comportamento” fora do normal.

O computador de bordo que orienta a espaçonave começou a enviar relatórios de status distorcidos, como se fossem mensagens sem sentido, apesar de continuar a operar normalmente. Assim, nenhum dado científico ou de engenharia estava sendo enviado de volta à Terra.

Após tantos anos de sua construção, os engenheiros da agência espacial dos Estados Unidos tiveram que consultar documentos de décadas atrás para tentar consertar o sistema com defeito e que carrega tecnologia já há muito tempo desatualizada.

Eles levaram meses para identificar o problema. De acordo com o comunicado da Nasa, três computadores de bordo, chamados sistema de dados de voo (FDS), não estavam se comunicando adequadamente com um dos subsistemas da nave, chamado unidade de modulação de telemetria (TMU).

A Nasa explica que, entre outras coisas, o sistema FDS foi criado para recolher dados dos instrumentos científicos, bem como dados de engenharia sobre a o estado da nave espacial. Em seguida, combina essas informações em um único “pacote” de dados a ser enviado de volta à Terra pelo TMU.

Os dados estão na forma de uns e zeros ou código binário, como toda linguagem de computação. O que ocorreu foi que sistema começou a transmitir um padrão repetitivo de uns e zeros como se estivesse “travado”. Era como se a nave estivesse “balbuciando” como um bebê faz.

Ninguém ainda sabe o que originalmente causou a falha, mas pode ter vindo de partículas energéticas no espaço que provocaram danos, ou simplesmente da idade. Segundo a Nasa, não há certeza se o problema pode aparecer novamente.

A 24 mil milhões de quilômetros de distância, o “conserto” levou mais de 18 horas para chegar à nave. Devido à sua idade e ao tempo de atraso na comunicação, há algum risco de que a correção substitua o código essencial ou ter outros efeitos não intencionais na espaçonave.

Para reduzir esses riscos, a equipe passou meses escrevendo, revisando e verificando o código, informou a Nasa

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