Oluwatosin Tolulope Ajidahun evidencia que as terapias integrativas têm conquistado espaço crescente na medicina reprodutiva, oferecendo abordagens complementares aos tratamentos convencionais de infertilidade. Práticas como acupuntura, fitoterapia e intervenções voltadas ao bem-estar emocional não substituem as técnicas médicas tradicionais, mas podem potencializar seus efeitos, melhorar a qualidade de vida dos pacientes e contribuir para o equilíbrio do organismo.
Nos últimos anos, pesquisas científicas têm se dedicado a avaliar os benefícios dessas terapias no contexto da fertilidade, ampliando as possibilidades de cuidado para casais que sonham em ter filhos.
Acupuntura como aliada na reprodução assistida
A acupuntura, técnica milenar da medicina chinesa, consiste na aplicação de agulhas em pontos específicos do corpo para promover o equilíbrio energético e estimular funções fisiológicas. Diversos estudos têm investigado seus efeitos sobre a fertilidade, sugerindo que essa prática pode melhorar a circulação sanguínea na região pélvica, regular hormônios reprodutivos e reduzir o estresse, fatores essenciais para o sucesso de tratamentos como a fertilização in vitro (FIV).
Segundo Tosyn Lopes, há indícios de que a acupuntura possa aumentar as taxas de implantação embrionária e reduzir sintomas associados aos medicamentos utilizados na reprodução assistida. No entanto, ele alerta que, embora os resultados sejam promissores, a acupuntura deve ser realizada apenas por profissionais habilitados, de preferência integrados à equipe médica responsável pelo tratamento de fertilidade.

Fitoterapia e seu potencial no equilíbrio hormonal
A fitoterapia, uso de plantas medicinais para fins terapêuticos, também desperta interesse na área reprodutiva. Ervas como Vitex agnus-castus, maca peruana e Tribulus terrestris são frequentemente mencionadas por suas supostas propriedades reguladoras do ciclo menstrual, estímulo da ovulação e melhora da libido. Algumas pesquisas preliminares sugerem efeitos positivos dessas plantas na regulação hormonal, sobretudo em casos leves de distúrbios menstruais.
No entanto, conforme frisa Oluwatosin Tolulope Ajidahun, o uso da fitoterapia requer cautela, pois substâncias naturais também podem ter efeitos colaterais e interações medicamentosas, especialmente em pacientes submetidas a protocolos hormonais na reprodução assistida. Por isso, qualquer suplementação ou tratamento à base de plantas deve ser discutido com o especialista em reprodução humana, evitando riscos à saúde e ao sucesso do tratamento.
Importância do apoio emocional no processo de fertilidade
O processo de lidar com a infertilidade costuma ser emocionalmente desgastante, gerando ansiedade, medo, tristeza e até conflitos nos relacionamentos. Tosyn Lopes explica que o estresse crônico pode influenciar negativamente a produção hormonal e o funcionamento do eixo hipotálamo-hipófise-gonadal, comprometendo a ovulação e a espermatogênese. Por esse motivo, o apoio emocional passou a ser considerado parte essencial nos cuidados com a saúde reprodutiva.
Técnicas como psicoterapia, grupos de apoio, mindfulness e práticas de relaxamento contribuem para aliviar a carga emocional vivida pelos casais. Além disso, profissionais especializados em psicologia da reprodução podem auxiliar na elaboração de estratégias para lidar com a frustração e manter a motivação durante o tratamento. Dessa forma, o cuidado emocional não apenas promove bem-estar, mas pode impactar positivamente os resultados das técnicas de reprodução assistida.
Integração das terapias complementares à medicina reprodutiva
De acordo com Oluwatosin Tolulope Ajidahun, a integração de terapias complementares aos tratamentos convencionais deve sempre ser feita de forma criteriosa e individualizada. Embora existam benefícios relatados na literatura, é fundamental evitar práticas sem respaldo científico ou que possam interferir nos protocolos médicos. A decisão de utilizar essas abordagens deve envolver diálogo transparente entre o casal e a equipe de saúde, garantindo segurança e eficácia no tratamento.
Tosyn Lopes comenta que muitas clínicas de reprodução assistida já incorporam profissionais especializados em terapias integrativas, criando planos de tratamento que contemplam tanto as necessidades físicas quanto emocionais dos pacientes. Essa visão multidisciplinar amplia as chances de sucesso e proporciona uma experiência mais acolhedora e humanizada para quem enfrenta os desafios da infertilidade.
Autor: Friedrich Nill
As imagens divulgadas neste post foram fornecidas por Oluwatosin Tolulope Ajidahun, sendo este responsável legal pela autorização de uso da imagem de todas as pessoas nelas retratadas.